quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Amigos para sempre.

Desde fevereiro que tenho somente esboçado ações de retorno ao meu amado blog, e depois de muito tempo estou voltando para matar minha saudade de poder parar meu tempo para pensar na vida.

Ainda tenho como meta escrever algo bacana para cada mês que se passou de fevereiro até aqui, mas coincidentemente meu retorno ao “Viva todo seu mundo...” é pra falar de algo acontecido em agosto que foi citado em fevereiro: a conclusão do ensino superior da minha mãe. Que sensacional!


Sim, minha mãe, nos seus 60 anos de vida, terminou o curso de Gestão Pública pela Facinter, em Pindamonhangaba.


Do início do curso em janeiro de 2008 até agora, ela passou por uma série de desafios, sendo o mais complicado de todos providenciado por mim. Mas é sensacional perceber que um sonho a fazia caminhar rumo a uma conquista que talvez nem ela soubesse que estava tão próxima.


No começo de julho apareceu a oportunidade para ela se matricular nas últimas 3 disciplinas nas quais ela não tinha conseguido atingir a média referencial para aprovação. Em uma delas, ela tinha sido reprovada; outras duas ela nem tinha chegado a cursar por conta dos desafios - mais especificamente o meu.


No final do mês saiu a determinação da faculdade quanto ao modo de realizar as provas, e a data estipulada para a entrega das mesmas era 12/08/2011.


Depois dessa determinação ela me veio com um pedido bem sutil:
- Filho, você tem que me ajudar a passar nessas provas. Eu quero me formar esse ano ainda, e só tenho essa oportunidade. Se não passar agora, só o ano que vem, e não sei se vou querer mais fazer o curso.


A gente tem que falar um “ta bom” no caso de pedidos assim. É até gostoso, nessas situações, se sentir a “última bolacha do pacote” se pensar que para mãe essa situação é um absurdo. Uma mulher que ajuda tanta gente, que apoia tantas “investidas” na família e dá tanta motivação para amigos, só conseguir enxergar um atalho para uma chegada. Nesse “tempinho” de faculdade que ela cursou, eu nunca vi uma pessoa, das “50 milhões” que ela ajudou e ajuda, sequer chegar para se oferecer para ler algum livro, para fazer exercícios, para interpretar uma situação nos estudos dela... Faz parte!


Tudo bem que para ela isso nem tem importância, porque faz com o coração, mas estou do outro lado e tenho meu “direito chato” de enxergar esse pequeno detalhe.
Mas vamos ao que interessa. Sentamos, conversamos, e determinamos os dias que iríamos fazer as provas e a seqüência das mesmas: “Direito Constitucional”, “Saúde, Segurança e Ergonomia”, e “Sistemas de Gestão ERP”, respectivamente.


Nós lemos os livros das disciplinas juntos, em duas semanas, contando com estudos durante a jornada de trabalho, já que meu chefe - que é meu irmão - “liberou” essa ação quando disse que estava estudando pra ajudar a mãe dele. Foi feito o resumo de quase 80% dos livros e ela conseguiu concluir com louvor o curso de Gestão Pública.


Essa conquista da minha mãe representou a minha conquista desse ano. 2011 pra mim já valeu. Deus realizou em mim o “Feliz Ano Novo” que muitas pessoas me desejaram na virada de ano em uma história simples de amor que posso chamar de amizade entre mãe e filho.

Eu me senti amigo da minha mãe, senti uma correspondência com uma amiga que sempre esteve ao meu lado. Se sou uma pessoa feliz hoje, tem muita dedicação dessa minha amiga envolvida “nesse caso”.


A lembrança do abraço que ganhei de agradecimento, um segundo após a visualização da última nota no sistema da faculdade, que mostrava que se encerrava o curso, é imensurável. Vou ter essa “fotografia sentimental” na minha cabeça pelo resto da minha vida. Quanto orgulho de viver que ganhei naquele momento!


Pra variar, numa terça-feira, durante meu percurso para o MBA, eu estava ouvindo uma música. Ela falava de amizade. Eu “olhei” aquela “fotografia sentimental” e chorei, da mesma forma que choro pra escrever agora. Chorei porque ela me traz motivação pra viver, me traz utilidade e justificativa de existência, me traz um sentimento nobre de sentir amor, amor de verdade, e me faz proclamar de todo o coração que “felicidade é a palavra do momento”.


Pra ter uma noção do que senti, dá uma olhada na música:



Amigos pela fé (Anjos de Resgate)


Quem me dará um ombro amigo
quando eu precisar?
E se eu cair, se eu vacilar,
quem vai me levantar?


Sou eu, quem vai ouvir você
quando o mundo não puder te entender
Foi Deus, quem te escolheu pra ser
o melhor amigo que eu pudesse ter

Refrão:
Amigos, pra sempre
Dois Amigos que nasceram pela fé
Amigos, pra sempre
Para sempre amigos sim, se Deus quiser

Quem é que vai me acolher,
na minha indecisão?
Se eu me perder pelo caminho
quem me dará a mão?

Foi Deus, quem consagrou você e eu
para sermos bons amigos, num só coração
Por isso eu estarei aqui
quando tudo parecer sem solução


Peço a Deus que te guarde
(que te guarde, abençoe e mostre a sua face)
E te dê a Sua Paz.


Eu não sei qual a melhor maneira de resumir uma “historinha” de conquista como essa. Só agradeço a Deus por ter me lançado no melhor dos lugares para se viver, com as melhores pessoas, com os melhores amigos, e por me dar a oportunidade e capacidade para vivenciar coisas tão sensacionais. Não há como ter dúvida do Amor de Deus por mim.


Minha mãe me ensinou a acreditar em Deus. Eu tenho certeza que aprendi. Hoje Deus nos fala de nossa amizade, e não é só pela conquista que foi travada. Somos grandes amigos. Somos bons amigos que nasceram pela fé, e graças a Ele, seremos amigos para sempre.

3 comentários:

  1. ESPETACULAR!!!! Dona Cícera, uma mulher totalmente especial! PARABENS!!!!!!

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  2. Parabens Dona Cicera, sua fome de aprender é
    tão grande quanto a de ensinar. Está provada a lei do retorno. Parabens familia maravilhosa.

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  3. Parabéns pra vc e principalmente pra Dona Cícera.

    Mais uma vez ela é exemplo para todos nós. Agora estamos no aguardo daquela fejuca pra comemorar.

    Grande abraço.

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