sábado, 30 de outubro de 2010

A poesia prevalece.

Estamos de volta! Parafraseando minha amiga Cláudia(1) (Claudinha), eu diria:

- Antes tarde do que mais tarde.

Ou

- Em terra de cego quem tem um olho é caolho.

E por aí vai...

No começo desse mês aconteceu uma experiência sensacional. Meu primeiro "show" ao vivo!!! Participei do primeiro !kbhit() ao vivo, em Bragança Paulista. The first !kbhit() live!!! Isso mesmo, o !kbhit() foi tocar, AO VIVO, em um retiro para jovens carentes em Bragança, chamado acantonamento.

Participaram do evento: Catai (voz, violão, timba, meia-lua), Sansan/Nogs (voz, violão, timba, meia-lua), Favitos (voz, violão, timba, meia-lua), Spin (voz, violão, timba, meia-lua), e as namoradas e noivas, de quem tem...

Todos com larga experiência musical, basta ver que todos tocam todos instrumentos. Segue resumo geral de "experiência musical" do grupo: experiências na área de projeto e execução de serviços de alta e média tensão, projeto e execução de instalação de rede elétrica modular e convencional, cabeamento estruturado, gestão de ativos de distribuidora de energia, engenharia de segurança do trabalho, gerenciamento de projetos, desenvolvimento de sistemas eletro-eletrônicos (metrô-sp), tudo isso relacionado com música!

Acredito que dá pra perceber, ou pelo menos imaginar, como foi o nível do "show" ao vivo. Porém a qualidade do "show" foi o que menos importou no evento como um todo.

Esse evento culminou no final de uma semana, na qual refleti muito sobre os poderes do bem e do mal no nosso meio. Essa reflexão veio porque encontrei 2 (dois) amigos que se perderam na vida...mas se perderam mesmo! Um ficou loucassassasso(2) de tanto tomar cachaça, e agora já deve até chamar uma garrafa de pinga de mãe. O outro começou usando uma ervinha, depois começou vender, depois foi preso, agora está de volta ao recomeço da rotina, e acredito que está querendo voltar pra cadeia de novo...pqp!

E pensar que tivemos a mesma convivência extra-lar.

Aí fiquei pensando. Qual deveria ter sido o momento certo de não deixar esses caras caírem? Qual deveria ter sido a proposta da vida pra eles? Quem deveria ter sido a referência de um ser a ser seguido? Pqp, de novo.

Muitas vezes acredito que o bem e o mal competem como empresas. Uma querendo ter mais lucro que a outra.

O mal tem várias formas de conquistar clientes. Tem o vício, tem a violência, tem a possibilidade de vida fácil, tem a falta de informação, tem a intolerância religiosa, tem a depressão e mais um monte de coisas. Tem também um aliado: o medo que muitas vezes a empresa do bem tem de conquistar seus clientes.

Você também já deve ter pensado em fazer o bem pra alguém, "tocar" algum projeto de voluntariado, e parou simplesmente por achar que não iria dar certo...faz parte.

Por outro lado, a empresa do bem também tem lá suas manifestações sensacionais. Tem o amor de pai, mãe e irmãos, tem a divisão do amor ( o "se doar") em atos beneficentes, tem gente estudando pra encontrar cura para doenças que nos afligem, existem os casamentos que dão certo, tem gente trabalhando pra dar sustento para sua família, tem pai e mãe chorando de alegria porque conseguiram que seu filho terminasse um curso universitário que eles nunca conseguiram fazer, tem crianças nascendo... Que sensacional que é o nascimento de uma criança. É como se Deus tivesse dizendo: Humanidade, renovo minhas esperanças em vocês para que sejam melhores. Está aí uma nova oportunidade, um novo desafio, de educação e amor, pra fazer desse mundo um lugar muito melhor.

E o bem tem obrigação de atuar na vulnerabilidade do mal, que não permanece fiel a um cliente quando o mesmo chega na lama da vida. A empresa do bem tem essa obrigação estratégica, de servir de referência, quando o mal abandona seu cliente, e dizer: Tonto vem pra cá, aqui tem lugar pra você!

O primeiro !kbhit() live me fez sentir uma satisfação muito grande em atuar, ainda que pouco, para o bem. A única habilidade que a gente carregava era de alguns "treinamentos" feitos em eventos, umas 4 vezes ao ANO, tocando um violãozinho, cantando desafinadamente ao extremo, sem falar na falta de ritmo e sincronia dos instrumentos. Porém a habilidade de viver do bem é algo que temos muito.

Após o !kbhit() live, no Domingo, fomos num show de verdade da banda O Teatro Mágico, onde a reflexão sobre a vida também bateu forte. Nada poderia ter se encaixado mais perfeitamente do que essa semana. Desilusão com a situação de 2 (dois) amigos. Depois a experiência sensacional de "tocar e cantar" com pessoas desconhecidas em busca de referências para viver. E no final, um show em SP, de onde trago uma frase que virou título dessa postagem, para todos que são clientes/vendedores, independente da forma, da empresa do bem. Tratem o bem como uma poesia, não deixem de conquistar o seu mercado por medo ou qualquer outra hipótese, porque eu também tenho a certeza de que, no fim, a poesia prevalece!

(1) A Cláudia era a secretária doméstica da república etílicos onde eu morei. Sempre na hora do almoço ela soltava uns "provérbios modificados" do tipo: Batatinha quando nasce, filho de peixe é. Era compositora de novos provérbios, com base nos já existentes...

(2) Muito, muito, muito, muito, muito, muito louco.